terça-feira, 24 de dezembro de 2013

"A Dança é, na minha opinião, muito mais do que um exercício, um divertimento, um ornamento, um passatempo social; na verdade, é uma coisa até séria e, sob certo aspecto, mesmo, uma coisa sagrada. Cada era que compreendeu a importância do corpo humano, ou que, pelo menos, teve a noção sensorial de sua estrutura, de seus requisitos, de suas limitações e da combinação de genialidade que lhe são inerentes, cultivou, venerou a Dança." 
(Paul Valéry)

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013


Dança Expressionista Alemã - Laban
Um vídeo interessante que abrange um pouco mais da vida deste bailarino, bem como os ideais de sua dança!


Dança Educativa - Rudolf Laban

      As teorias de Laban no Brasil, começaram a ser estudadas a partir da chegada de Maria Duschenes ao país, na década de 40, que influenciou os rumos do ensino da dança para crianças/adolescentes.
      O discurso educacional de Laban está enraizado tanto na filosofia da dança moderna do início do século quanto nas idéias da Escola Nova difundidas por John Dewey na Inglaterra. Laban defendia um ensino de dança no qual o ser humano pudesse explorar de maneira livre suas capacidades "espontâneas e inatas" de movimento no espaço. Durante toda a sua vida, buscou formular teorias sobre o movimento que pudessem expandir, entre outros, o conceito de dança, relacionando-o a uma teoria central e universal que abarcasse toda experiência humana.
      Em 1985, em seus estudos, Laban desenvolveu uma nova técnica de dança que chamou de dança livre. Ele acreditava na época (entre as décadas de 40 e 50), que 'técnicas tradicionais de dança lidam com o domínio dos movimentos individuais de estilo de dança particulares', enquanto que ' a nova técnica de dança (promove), domínio do movimento em todos os seus aspectos corporais e mentais e é aplicada à dança moderna como uma nova forma de dança teatral e social'. Todo o desenvolvimento dessa técnica foi realizado por meio de suas experiências sobre o entendimento do movimento humano que ele acreditava ser uma maneira de também entender as pessoas. 
      O vasto trabalho de análise do movimento de Laban e a criação desta técnica revolucionaram tanto o mundo da dança quanto o da educação não só de sua época, mas até hoje exercem influência nos meios acadêmicos e práticos da dança, psicologia, sociologia e antropologia. Seus princípios e análises viabilizam maior objetividade, clareza, exatidão, intencionalidade e atenção ao trabalho corporal/educacional. Laban trouxe para o mundo da educação referencias corporais que instrumentalizaram um processo de criação menos espontaneísta e potencialmente mais consciente.
(Fonte: MARQUES, Isabel A. Ensino de dança hoje: textos e contextos - 5. ed. - São Paulo: Cortez, 2008.)

"Há por trás de todo acontecimento e de toda coisa, uma energia que dificilmente se pode dar nome. Uma paisagem escondida e esquecida. A região do silêncio, o império da alma; em seu centro, há um templo em movimento. As mensagens vindas dessa região do silêncio são, no entanto, tão eloqüentes! Elas nos falam, em termos sempre cambiantes, de realidades que são, para nós, de uma grande importância. O que nós chamamos habitualmente de “dança” vem dessas regiões, e aquele que for consciente disso é um verdadeiro habitante desse país, tirando a sua força diretamente desses tesouros inesgotáveis." (LABAN, apud LAUNAY,s/d.:85)

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Dança Educativa/ Dança Criativa

      Quando se quer dizer que uma aula de dança segue a linha de pesquisa de Laban, usa-se o termo "dança-educativa", provavelmente baseado em seu livro publicado em 1948, "Dança Educativa Moderna". Em 1985, Laban usou este termo em contraposição à técnica rígida e mecânica de que se apropriava o ensino do balé clássico na época. Segundo o autor, a criança e o adolescente deveriam ter a possibilidade de explorar, conhecer, sentir e expressar sua subjetividade enquanto dançavam, como defendiam os dançarinos modernos de seu tempo. Para Laban, este tipo de aula se refere tanto ao termo educativo como criativo.

      No que se refere à expressão corporal, nota-se que ela não é privilégio dos dançarinos. O Teatro, a Educação Física, a Música e inclusive a pintura e a escultura, englobam atividades de expressão corporal, isto é, de manifestações do corpo. A expressão corporal, nega, acima de tudo, as aulas de técnica e de repertório de dança, que ao serem ensinadas de maneira tradicional, por meio da cópia e da mecanização dos movimentos, não permitem que o indivíduo descubra seu vocabulário pessoal de movimento e de fluidez. A expressão corporal contempla aquilo que consideramos como criativo, educativo e expressivo. 

      Existem diferentes propostas educacionais para o ensino da dança para crianças e adolescentes. Autores como Ruth Murray e Virginia Tanner, defendem a dança criativa ao chegar no pressuposto de que toda criança/ adolescente tem o dom livre, natural e espontâneo de dançar. A partir da dança criativa, é possível que haja uma educação do ser integral, completo, total, bem como a busca constante da transcendência, da harmonia e da integração do homem todo através da dança.



      Ao se trabalhar a dança criativa, é possível chegar aos seguintes objetivos:

- auto-expressão
- autoconhecimento
- auto-liberação
- auto-controle
- auto-educação

      A educação centrada no aluno é o que mais vem caracterizando os princípios educacionais dessa modalidade de dança. Desta forma, um dos princípios inabaláveis da dança criativa é de que toda criança/adolescente tem o direito de dançar. Por trás desta afirmação, está a justificativa da inclusão da dança como disciplina obrigatória nos currículos escolares, não mais somente aos eleitos pertencentes a uma elite conforme citam alguns autores ao ensino do balé clássico, a dança criativa, seria para todos, por direito humano.

      (Em breve mais informações sobre a Dança educativa de Rudolf Laban).
Fonte: MARQUES, Isabel A. Ensino de dança hoje: textos e contextos - 5. ed. - São Paulo: Cortez, 2008.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Dançar faz bem!


Video Dr Drausio Varella -  Dançar é bom para Osteoporose