terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Dança Educativa/ Dança Criativa

      Quando se quer dizer que uma aula de dança segue a linha de pesquisa de Laban, usa-se o termo "dança-educativa", provavelmente baseado em seu livro publicado em 1948, "Dança Educativa Moderna". Em 1985, Laban usou este termo em contraposição à técnica rígida e mecânica de que se apropriava o ensino do balé clássico na época. Segundo o autor, a criança e o adolescente deveriam ter a possibilidade de explorar, conhecer, sentir e expressar sua subjetividade enquanto dançavam, como defendiam os dançarinos modernos de seu tempo. Para Laban, este tipo de aula se refere tanto ao termo educativo como criativo.

      No que se refere à expressão corporal, nota-se que ela não é privilégio dos dançarinos. O Teatro, a Educação Física, a Música e inclusive a pintura e a escultura, englobam atividades de expressão corporal, isto é, de manifestações do corpo. A expressão corporal, nega, acima de tudo, as aulas de técnica e de repertório de dança, que ao serem ensinadas de maneira tradicional, por meio da cópia e da mecanização dos movimentos, não permitem que o indivíduo descubra seu vocabulário pessoal de movimento e de fluidez. A expressão corporal contempla aquilo que consideramos como criativo, educativo e expressivo. 

      Existem diferentes propostas educacionais para o ensino da dança para crianças e adolescentes. Autores como Ruth Murray e Virginia Tanner, defendem a dança criativa ao chegar no pressuposto de que toda criança/ adolescente tem o dom livre, natural e espontâneo de dançar. A partir da dança criativa, é possível que haja uma educação do ser integral, completo, total, bem como a busca constante da transcendência, da harmonia e da integração do homem todo através da dança.



      Ao se trabalhar a dança criativa, é possível chegar aos seguintes objetivos:

- auto-expressão
- autoconhecimento
- auto-liberação
- auto-controle
- auto-educação

      A educação centrada no aluno é o que mais vem caracterizando os princípios educacionais dessa modalidade de dança. Desta forma, um dos princípios inabaláveis da dança criativa é de que toda criança/adolescente tem o direito de dançar. Por trás desta afirmação, está a justificativa da inclusão da dança como disciplina obrigatória nos currículos escolares, não mais somente aos eleitos pertencentes a uma elite conforme citam alguns autores ao ensino do balé clássico, a dança criativa, seria para todos, por direito humano.

      (Em breve mais informações sobre a Dança educativa de Rudolf Laban).
Fonte: MARQUES, Isabel A. Ensino de dança hoje: textos e contextos - 5. ed. - São Paulo: Cortez, 2008.

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